segunda-feira, 25 de junho de 2018

Onde anda o S. João dos martelos da Figueira?

Onde anda o S. João dos martelos da Figueira?

Há muito que se vê um declínio no S. João da Figueira da Foz. Ora este ano, esteve uma excelente enchente em termos de pessoas, dado que calhou ao fim de semana e também porque o tempo estava excelente, exceto na própria noite, em que o São Pedro resolveu brindar-nos com uma enorme massa de nevoeiro, que até impossibilitou a visualização do já tão esperado fogo de artificio, como podem visualizar pelo video (em time lapse) abaixo:


Em termos de marchas, este ano contou-se apenas com 3 do concelho, algo a repensar pela autarquia (ou então não querem mesmo repensar), já que me parece que apostam mais nas escolas de samba para o Carnaval do que propriamente para uma tradição que já tem anos. Até o desporto recebe mais por cabeça, sendo que em termos turísticos não tem quase nenhum impacto. Pesos diferentes? Bom, fica um pouco essa ideia no ar. Outro reparo que acho que todos fizeram foi a pequeníssima feira (que deixou de ser tradicional) do S.João. Meia dúzia de carroceis, 2 barracas de farturas e churros, um algodão doce e pipocas e uma banca de bolos tradicionais. Se o objetivo era dar o exclusivo ao comércio da parte de cima (zona da esplanada, Bairro Novo e Jet Set), conseguiram. Se não o era, então é incompreensível como uma feira que ocupava um parque de estacionamento inteiro se resume este ano a meia dúzia de metros ocupados e onde para bebermos uma simples bebida, tivemos de nos deslocar da feira para a esplanada, porque as filas nas barracas das farturas eram incomportáveis. Não sei se existiram as fogueiras mas é algo que já me passa ao lado. Nem vou falar dos djs...apenas dizer que foi mais do mesmo?!?!? Herman José: não vi! Não tive qualquer interesse em ver. Não é que desgoste do Herman. Sempre tive imenso respeito e admiração por ele, mas em noite de S.João, bem...há quem tenha ido e gostado provavelmente! Este ano o programa foi tudo menos atrativo. Não me desloquei para ver qualquer artista. A Feiras das freguesias, que foi mudada de lugar, teve o azar de levar com vendaval de vento (mais do mesmo) e nem se entende bem a mudança, quando haveria ainda o pavilhão multiusos em pé no parque das Gaivotas. Para quando um local fechado e que abrigue este tipo de eventos, que são prejudicados por força das condições climatéricas adversas? O Turil continua às moscas, certo? Não seria de reaproveitar o espaço? Questão que fica no ar! 
De resto, em termos de estacionamento foi uma selvajaria total, que até meteu dó. Carros até estacionados em cima da relva arranjada. Mau demais! 
Tenho pena de não conseguir ter qualquer ponto positivo a apontar a este S. João de 2018, na perspectiva de residente local. A única coisa que salvou a noite foi ter jantado fora com família e amigos, pois de resto, não teria saído de casa.
Lembro-me que no ano passado ainda fui ver um ou outro concerto, por ter interesse, acrescentando a tradicional noitada com o fogo. 
Pergunto-me se o real S. João da Figueira deixou de ter interesse para os autarcas figueirenses. Este ano parece que sim!





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